sábado, 23 de outubro de 2010

Mudar


É o que faço, constantemente. Mas não por falta de opinião ou indecisões, muito pelo contrário, é justamente por eu possuir minhas próprias opiniões e por eu quase nunca me sentir confusa que mudo tanto, que sou tão hermética. Não. Não é fraqueza. É necessário muita força e muita audácia para simplesmente resolver mudar, é preciso enfrentar diversos obstáculos para apenas mudar. É ter que negar minhas próprias teorias, é admitir enganos, é ser humilde, é ser humano.  E é isso que me atrai, que me chama.
A rotina às vezes me cansa, e eu de vez em quando posso aparentar estar perdida, pode parecer que quero dar um passo maior que minhas pernas conseguiriam ou pode simplesmente parecer que eu nada quero e nada faço. Assim como os beija-flores batem tão rapidamente as asas que ficamos com a impressão de que eles  pairam no ar, pode ser que eu também consiga fazer algumas coisas tão rapidamente que seus olhos nem se dêem conta disso.
Ninguém me conhece por completa, não adianta me julgar, me achar errada, equivocada, louca, eu não vou ouvir, não quero ouvir. Não existe certo ou errado, existem coisas [i]legais e [i]morais. Não vou infringir lei alguma com minhas mudanças, me censuro para não cometer imoralidades, então estou tranquila porque hoje este caminho é o certo, se amanhã minha verdade for outra, tudo bem, eu procuro o retorno mais próximo...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Congelei,


Parei no tempo, abstrai, resolvi apertar o mudo, ignorar o mundo, e esqueci até de ouvir meus próprios pensamentos. Uma sensação estranha, isso não foi bem uma escolha, há tempos que meus pensamentos entraram numa mala e partiram para uma viagem, sem aviso prévio e sem data para retorno. Talvez a culpa seja minha, não se deve abandonar nada como eu abandonei, eu fiz exatamente o que meus pensamentos estão fazendo agora comigo: tirei férias, e esqueci de comunicar isso. Não fazia ideia do tão avassalador era isso. Não encontrei nenhum estado de espírito que transmitisse isso muito bem, mas não faz diferença, nada mais faz.
Quero ser inteira novamente!Quero voltar a pensar mil coisas, não quero mais ficar parada olhando para o nada- apesar de o nada ser bem interessante- . Não quero vagar em um Universo, ser somente um corpo, quero ser uma mente! Uma mente das bem pensantes! Devolva-me minha essência! Não sei de quem cobrar, nem a quem cobrar, o certo seria eu me cobrar, mas não é fácil, não mesmo. Abri espaço para o ócio e para a preguiça e agora eles não arredam o pé. Eu sei que estou fazendo exatamente igual aqueles velhinhos que apertam o MUTE de seus controles remotos e depois disparam a reclamar que nada ouvem, mas o problema é que existem muitas teclas em um controle remoto, e os mais distraídos acabam demorando um pouco para acertar o botão e voltar a ouvir tudo...

sábado, 9 de outubro de 2010

Sonhos,


às vezes eles se diferem das metas, às vezes eles se confundem com metas ...

É essa inconstância dos sonhos que me facina, a maneira com que tudo pode simplesmente acabar e começar do nada, a maneira como os anjos podem me assustar e vilões me acalmar, a forma com que as coisas podem se tornar amáveis e assustadoras...
Não há como programar ou planejar os sonhos, assim como não se deve planejar e é impossível programar uma vida. Os meus sonhos são os mais curvelíneos, os mais confusos e acíclicos e esporadicamente se assemelham com minha vida.
Às vezes minhas metas invadem meus sonhos e aí as coisas começam a ficar interessantes... tente misturar besteiras com coisas sérias, balance e beba bem gelado, vc vai entender exatamente do que eu estou falando.
Minhas metas são sérias, seríssimas e fragéis que até chegam a me preocupar, mas é quando elas tem a audácia de invadir meus sonhos que certifico que minhas pretensões e são as melhores!