quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Multidão.


Gente pra mim tem um significado um pouco diferente do que para vocês. E eu estou sentindo um pouco de falta de gente. É sabe, eu vivo rodeada de pessoas, mas nenhuma delas parecem gente, sabe?! Sei lá, elas parecem coisas, robôs, ou qualquer outra coisa, menos gente. Todo mundo parece estar programado para sorrir pra mim, falar com tom convincente, e sempre soltar um muito obrigada, ou um volte sempre, e de vez em quando essas coisas não fazem bem o que são programadas pela sociedade para fazer, daí rola um esbarrão, seguido de mil pedidos de desculpa, um acidente, sei lá. Todo mundo parece tá fora do ar, no automático.
Eu quero gente, que titubie, que erre, que admita que errou, que ame, que deseje, que sonhe. Pelamordedeus! Tem coisa mais triste que eu andar em pleno centrão da cidade e deperar com tantas pessoas, sem sonhos, desejos, metas? Pessoas que simplesmente passam, algumas sorriem, outras olham com muito ódio, outras olham com deboche e outras nem olham.
Quero gente! Muita gente, que não simplesmente passe, que pare, olhe, admire, sabe?!Ah eu posso tá doida, mas gente que é gente dá garagalhada quando não pode, cai , tropeça no meio da rua e sai apoiando no povo, sente vergonha e nem lembra de pedi desculpa, gente que é gente sonha alto, tem vontades, adora chocolate, e sequer acredita em sociedade, e modelos por ela criados.
Tá. Já deu pra perceber meu irque pela sociedade, e pelas regras por ela criada, na verdade, eu gosto da ideia de sociedade, mas não do que ela virou. O problema é esse ela virou uma coisa manipuladora que transforma gente em coisa.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Tempo.

" Tempo,tempo,tempo...
da minha cabeça.
Tempo,tempo,tempo...
Desapareça ."




Sim, realmente, o tempo é algo que não volta atrás .
Chega a ser engraçado, olhar para as pessoas em sua volta e se lembrar de como eram há alguns anos. Algumas mudam radicalmente, outras nem tanto.
Mas assustador mesmo é o olhar para si. Ver tudo o que passou e o que se perdeu nesse espaço de tempo, como era feliz e nem sabia. Claro, talvez sejamos felizes e nem sabemos, talvez só daremos o valor devido as coisas e chegaremos a essa mesma conclusão a algum tempo.
E sim, por mais que hajam controvérsias, acreditando no amor, na maioria dos casos, é ele, o tempo, que cura toda as feridas.
Resta-me dizer para que se aproveite bem o tempo. Cada minuto que passa, nunca mais voltará. Viva intensamente, dê valor a pequenas coisas, não magoe ninguém, não deixe de amar, cuide de quem você gosta, faça o que você gosta.
Porque, talvez, daqui a algum tempo, já não haja mais tempo.

Como prometido, Por Thaís Jabour.
Minha irmã, amiga e pentelha .

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Objetivos, metas

Eu possuo os meus, e espero que vocês também possuam.
Realmente é algo que dita um rumo, um caminho, e eu necessito quase que sempre desse caminho. Das plaquinhas, de um vá em frente! E acabo que nem me assustando com curvas não sinalizadas, animais na pista... não titubio : ESTOU NO CAMINHO CERTO! É dessa certeza que eu preciso, não sei viver por muito tempo na incerteza, ela é cruel, me enlouquece pouco a pouco. Uma vez li uma frase de um filósofo que dizia que quem sabe o que é o certo, acaba por fazer coisas certas, e eu acho que nunca concordei tanto com uma frase, quanto concordo com essa, ela explica a minha necessidade pela certeza, ou pelo menos justifica.
Pode parecer meio confuso, porque não estou sendo muito clara, mas pense no caminho, se eu não tivesse a certeza de estar seguindo o caminho certo, as curvas me assustariam, os animais poderiam provacar acidentes, e penhascos me fariam voltar, impedindo que eu ao menos admirasse lá de cima, a linda vista.
Mas não é o bastante eu querer, conhecer meu objeto amado, a parte nem tão menos difícil, é ir atrás, a qualquer custo. Pois uma meta, enquanto meta deve ser buscada incessantemente, incansávelmente, afinal a vida é uma eterna busca, e no momento eu que eu canso e desisto de buscar, estou desistindo não só do meu sonho, mas de mim mesma, e isso é cruel e doloroso, não desistirei. As metas mudam, mas jamais deixarão de existir.
Nada adianta eu planejar, sonhar e nada fazer para os tornar realidade, não enganarei a ninguém, senão a mim mesma, e não há nada pior do que ser enganada por você mesma. Não há outra maneira, senão, me sentar no chão, abrir um novo baralho e começar pela base, fazer o primeiro andar, o segundo, e quando eu achar que estou conseguindo, vai passar um vento e derrubar tudo, daí eu vou perceber que não protegi meu castelo como deveria, ficarei triste, tanto trabalho... aí terei que recomeçar, não mais pela base, mas pela proteção, uma vez protegido, farei a base, o segundo andar, o terceiro, e assim por diante, como todo mundo! Não adianta eu querer abrir o baralho, o despejar numa sacola, sacudir, e querer porque querer que saia de lá o meu castelo prontinho! Eu não quero mais entrar em falsos castelos, desfrutar de falsos privilégios, frutos da mais besta imaginação e narcisismo, não por hoje. Deixe-me sonhar, pois enquanto sonhos, eles são lindos.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

2010


Ano novo, vida nova, será?! Belos poemas talvez traduzissem muito melhor essa mudança de ano, mas não. Não dessa vez, hoje eu não estou com vontade de mostrar nada de belo, de bonito. Desculpe. Mas um ano novo não muda tanta coisa assim, ele muda de nome, seu último algarismo ganha uma unidade, tudo muito pouco para quem espera mesmo uma boa mudança. As coisas não são assim, olha: De nada adianta eu pular ondinhas, comer uvas, lentilhas, contar notas de cem, passar o reveillon de branco, verde, azul, bolinhas, zebrinhas, jogar flores no mar, etc e blábláblá. Não é o ano que tem que se renovar, é você. Evite promessas, e tente cumprir as quais você proferiu, não há nada pior que uma pessoa que não tenha palavra. Mude, perdoe, esqueça, e não espere que 2010 faça isso por você, porque infelizmente ele não vai fazer. São só mais uns dias, umas horas, uns minutos, e são os minutos que você tem que fazer a diferença, então faça!