Eu possuo os meus, e espero que vocês também possuam.
Realmente é algo que dita um rumo, um caminho, e eu necessito quase que sempre desse caminho. Das plaquinhas, de um vá em frente! E acabo que nem me assustando com curvas não sinalizadas, animais na pista... não titubio : ESTOU NO CAMINHO CERTO! É dessa certeza que eu preciso, não sei viver por muito tempo na incerteza, ela é cruel, me enlouquece pouco a pouco. Uma vez li uma frase de um filósofo que dizia que quem sabe o que é o certo, acaba por fazer coisas certas, e eu acho que nunca concordei tanto com uma frase, quanto concordo com essa, ela explica a minha necessidade pela certeza, ou pelo menos justifica.
Pode parecer meio confuso, porque não estou sendo muito clara, mas pense no caminho, se eu não tivesse a certeza de estar seguindo o caminho certo, as curvas me assustariam, os animais poderiam provacar acidentes, e penhascos me fariam voltar, impedindo que eu ao menos admirasse lá de cima, a linda vista.
Mas não é o bastante eu querer, conhecer meu objeto amado, a parte nem tão menos difícil, é ir atrás, a qualquer custo. Pois uma meta, enquanto meta deve ser buscada incessantemente, incansávelmente, afinal a vida é uma eterna busca, e no momento eu que eu canso e desisto de buscar, estou desistindo não só do meu sonho, mas de mim mesma, e isso é cruel e doloroso, não desistirei. As metas mudam, mas jamais deixarão de existir.
Nada adianta eu planejar, sonhar e nada fazer para os tornar realidade, não enganarei a ninguém, senão a mim mesma, e não há nada pior do que ser enganada por você mesma. Não há outra maneira, senão, me sentar no chão, abrir um novo baralho e começar pela base, fazer o primeiro andar, o segundo, e quando eu achar que estou conseguindo, vai passar um vento e derrubar tudo, daí eu vou perceber que não protegi meu castelo como deveria, ficarei triste, tanto trabalho... aí terei que recomeçar, não mais pela base, mas pela proteção, uma vez protegido, farei a base, o segundo andar, o terceiro, e assim por diante, como todo mundo! Não adianta eu querer abrir o baralho, o despejar numa sacola, sacudir, e querer porque querer que saia de lá o meu castelo prontinho! Eu não quero mais entrar em falsos castelos, desfrutar de falsos privilégios, frutos da mais besta imaginação e narcisismo, não por hoje. Deixe-me sonhar, pois enquanto sonhos, eles são lindos.